AGĂNCIA BRASIL
O advogado-geral da UniĂŁo, Jorge Messias, pediu nesta quarta-feira (21) Ă PolĂcia Federal (PF) a abertura de investigação para apurar o caso de discriminação racial ocorrido contra a ministra Vera LĂșcia Santana AraĂșjo, uma das integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Indicada ao tribunal pelo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, Vera LĂșcia Ă© advogada reconhecida pela atuação como ativista do movimento de mulheres negras.
Ontem (20), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra CĂĄrmen LĂșcia, denunciou o episĂłdio, que ocorreu na sexta-feira (16).
Na ocasiĂŁo, a ministra Vera LĂșcia foi barrada na entrada do seminĂĄrio GestĂŁo PĂșblica – Prevenção e Enfrentamento ao AssĂ©dio e a Discriminação, promovido pela ComissĂŁo de Ătica PĂșblica (CEP) em parceria com a AGU.
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Vera LĂșcia era uma das palestrantes do evento e foi impedida de entrar no auditĂłrio do evento mesmo apĂłs apresentar a carteira funcional de ministra. Ela ainda foi destratada. A liberação sĂł ocorreu apĂłs a ministra solicitar providĂȘncias para resolver a situação.
No documento encaminhado Ă PF, Jorge Messias requereu “mĂĄxima urgĂȘncia” na apuração dos fatos, a identificação dos responsĂĄveis e aplicação das medidas legais.
âReitero o compromisso da Advocacia-Geral da UniĂŁo com a defesa dos direitos fundamentais e com o enfrentamento de todas as formas de discriminação, especialmente o racismo estrutural que ainda persiste em diversas instĂąncias da vida institucional brasileiraâ, afirmou Messias no documento.
O evento foi realizado no auditĂłrio do edifĂcio do Centro Empresarial da Confederação Nacional do ComĂ©rcio (CNC), onde diversos ĂłrgĂŁos tĂȘm sede, entre eles, a AGU.
Em ofĂcio enviado ao TSE, a AGU esclareceu que a entrada no prĂ©dio Ă© controlada por funcionĂĄrios terceirizados contratados pelo condomĂnio.